Estudo TransOdara: o desafio de integrar métodos, contextos e procedimentos durante a pandemia de COVID-19 no Brasil

Maria Amelia de Sousa Mascena Veras ORCID logo ; Thiago Felix Pinheiro ORCID logo ; Lenice Galan ORCID logo ; Laio Magno ORCID logo ; Andréa Fachel Leal ORCID logo ; Daniela Riva Knauth ORCID logo ; Ana Rita Coimbra Motta-Castro ORCID logo ; Rita Suely Bacuri de Queiroz ORCID logo ; Philippe Mayaud ORCID logo ; Daniel Jason McCartney ORCID logo ; +9 more... Gwenda Hughes ORCID logo ; Camila Mattos dos Santos ORCID logo ; Leonardo Bastos ORCID logo ; Katia Cristina Bassichetto ORCID logo ; Sandro Sperandei ORCID logo ; Claudia Renata dos Santos Barros ORCID logo ; Rodrigo Calado da Silva ORCID logo ; Francisco Inácio Bastos ORCID logo ; Maria Inês Costa Dourado ORCID logo ; (2023) Estudo TransOdara: o desafio de integrar métodos, contextos e procedimentos durante a pandemia de COVID-19 no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, 27 (suppl). ISSN 1415-790X DOI: 10.1590/1980-549720240002.supl.1.2
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RESUMO Objetivo As infecções sexualmente transmissíveis (IST) afetam desproporcionalmente as mulheres trans e travestis (MTT), que muitas vezes não têm acesso a cuidados de saúde devido ao estigma e à discriminação. Descrevemos a abordagem e a metodologia de um estudo que investigou a prevalência de sífilis, HIV, hepatite A, B e C, Neisseria gonorrhoeae (NG), Chlamydia trachomatis (CT) e papilomavírus humano (HPV) entre as MTT, bem como seu conhecimento e percepção sobre a sífilis, para melhor as políticas para redução de IST nessa população vulnerável. Métodos: TransOdara foi um estudo multicêntrico, transversal, realizado em cinco capitais das principais regiões brasileiras entre dezembro de 2019 e julho de 2021. Mulheres autoidentificadas como mulheres trans ou travestis, com idade >18 anos, foram recrutadas usando respondent-driven sampling, após uma fase de pesquisa formativa. Responderam a um questionário conduzido por entrevistadoras. Foi oferecida consulta médica, com exame físico, e solicitou-se que fornecessem amostras de vários locais para detectar as IST citadas. Quando indicado e consentido, foram iniciadas a vacinação e o tratamento. Resultados: Foram recrutadas 1.317 participantes nos cinco locais de estudo: Campo Grande (n=181, 13,7%), Manaus (n=340, 25,8%), Porto Alegre (n=192, 14,6%), Salvador (n= =201, 15,3%) e São Paulo (n=403, 30,6%). O período de recrutamento variou em cada local em razão de restrições logísticas impostas pela pandemia de COVID-19. Conclusão: Apesar dos enormes desafios colocados pela ocorrência simultânea da pandemia da COVID-19 e do trabalho de campo dirigido a uma população vulnerabilizada e dispersa, o projeto TransOdara foi eficazmente implementado. As adversidades não impediram que mais de 1.300 mulheres trans e travestis tenham sido entrevistadas e testadas em meio a uma epidemia de tal magnitude que perturbou os serviços de saúde e os projetos de pesquisa no Brasil e no mundo.

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